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Informações adicionais

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Porquê este projeto?

A reciclagem é um processo de conversão do desperdício em materiais e produtos com potencial utilidade. Este processo permite reduzir o consumo de matérias primas, de utilização de energia e reduzir a poluição do ar e da água, além de diminuir a necessidade de tratamento dos resíduos e a emissão de gases de efeito estufa.

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Mas, apesar de todos os benefícios, ainda existem pessoas que não separam de forma correta por um lado e de forma contínua por outro. Segundo a Eurostat [1], o gabinete de estatísticas da União Europeia, Portugal é dos países que menos recicla na UE. A taxa de reciclagem de resíduos municipais colocou Portugal, em 2017, no oitavo lugar dos países que menos reciclou, com 28,4%, um valor muito abaixo da média da UE, 46,4%.

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Apesar das sucessivas campanhas de sensibilização, verifica-se a necessidade de inovar na abordagem à reciclagem, levando os cidadãos a tomar consciência do impacto que tem o ato de não separar os seus resíduos corretamente.

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A correta separação dos resíduos faz toda a diferença na preservação do meio ambiente e contribui de forma significativa para a sustentabilidade do planeta.

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Coloca-se o desafio à Humanidade a transição entre uma “economia linear”, onde os produtos vão do berço à sepultura, para uma “economia circular”, onde os produtos vão de berço a berço. A reciclagem é uma das ferramentas utilizadas para tornar a economia circular possível, de forma a chegar a uma situação de lixo zero, onde tudo o que é produzido através da reciclagem irá estar em constante reutilização.

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A abordagem que se pretende é que resíduos deixem de ser vistos como lixo e passem a ser vistos como recursos. A proposta que concebemos, responde, pois, à necessidade de aumentar a taxa e a qualidade do processo de reciclagem, potenciando um futuro sustentável. Desta forma compreende-se que o público-alvo é de facto alargado: todos produzimos lixo mas nem todos fazemos a reciclagem de forma sistemática e rigorosa.

2

O que pretendemos fazer?

A proposta apresentada consiste em alterar os ecopontos tradicionais procedendo a uma reinvenção dos ecopontos tradicionais, acrescentando-lhes uma camada gráfica e tecnológica.

2.1

Camada gráfica

Os componentes gráficos serão imagens alusivas ao que acontece ao lixo quando este não é reciclado, adicionando assim um fator visual perturbante, que choque, apostando na consciencialização das pessoas para o que acontece ao lixo quando não fazem a sua correta separação. A ideia não é nova – de facto foi feita uma abordagem semelhante noutro contexto: a inserção de imagens ilustrativas dos malefícios do consumo de tabaco nas respetivas embalagens. Na verdade, estudos realizados confirmam a eficácia desta estratégia [2]. Numa perspetiva de sustentabilidade, pretende-se colocar estas imagens na face frontal dos ecopontos, não sendo necessária a produção de novos produtos. As dimensões e os formatos serão adaptados às diferentes tipologias de ecopontos. Para a sua produção será utilizado papel reciclado e técnicas de “eco printing”.

2.2

Camada Tecnológica

A camada tecnológica terá dois componentes distintos, mas que funcionarão de forma complementar: Internet of Things (IoT) e inteligência artificial.

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A Internet tem vindo a ter uma importância crescente na Sociedade do século XXI. Se até há algum tempo era vista como uma forma de conectar pessoas e dispositivos, com o recente advento da IoT (Internet of Things) a Internet abre todo um mundo novo, onde os dispositivos podem comunicar entre si na recolha de dados que podem ajudar o Homem a tomar as melhores decisões em diversos contextos. A IoT é um conceito que tem por base a ligação digital de objetos quotidianos com a internet. Por outras palavras, a IoT pode ser definida como uma rede digital com objetos físicos equipados com sensores e dispositivos de interligação a outras redes, de forma a recolher e transmitir dados. Percebe-se, portanto, que a conectividade é a chave de todo o conceito. As comunicações mais frequentes – 3G, 4G e 5G – têm normalmente associados custos elevados, implicam a cobertura e dependem de equipamentos que consomem grandes quantidades de energia. Neste projeto, pretende-se tirar partido de uma tecnologia que colmata precisamente estas limitações: LoRa ou “Long Range” é uma tecnologia de rede de largo alcance e de baixo consumo. O LoRa pode ser utilizado com dispositivos de baixo custo e alto desempenho com uma autonomia energética que pode chegar aos 2 anos.

Concebemos, portanto um “kit” de “add-ons”, ou seja, dispositivos que colocaríamos nos nossos contentores atuais, de forma a não os termos de substituir completamente. Este “kit” incluiria a tecnologia necessária para tornar qualquer contentor um “contentor inteligente” (incluiria os componentes LoRa, o sensor de infravermelhos, o sensor de peso, QR code). A utilização de sensores de infravermelhos permite averiguar se a capacidade máxima dos ecopontos foi atingida. Desta forma pode ser otimizado o percurso de recolha de resíduos, evitando ecopontos cheios e com lixo a amontoar-se à volta mas também evitar recolhas em ecopontos semi-cheios. Esta informação será transmitida para os responsáveis pela recolha dos ecopontos.

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Do kit, também fará parte um sensor de peso que irá verificar a quantidade de resíduos que cada pessoa deposita, dando a possibilidade de efetuar o rastreamento das quantidades (peso) de lixo recicladas por pessoa. Associado a cada ecoponto, estará um QR code, identificando o ecoponto. Cada utente terá uma aplicação e depois de efetuar o depósito dos resíduos no contentor certo, poderá ativar a APP e ler o QR code. A informação da quantidade de lixo depositado ficará registada. Esta informação será usada pela autarquia que irá implementar um sistema de incentivos à reciclagem, que pode passar pela atribuição de vales, ou mesmo pela diminuição dos impostos. Damos, assim, poder aos utilizadores destes ecopontos inteligentes, o que acreditamos que irá provocar um aumento drástico da taxa de reciclagem.

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Finalmente a utilização da camada da inteligência artificial, será implementada tirando partido dos avanços na área do reconhecimento de imagem. Pretende-se que no “kit” esteja também uma câmera que permita o reconhecimento de materiais indicando aos utentes do ecoponto se efetuaram uma correta separação.

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A razão para a utilização destas tecnologias baseia-se, para além do baixo custo, na facilidade e na eficiência de uso: os sensores de infravermelhos permitem uma melhor exatidão que sonares e a tecnologia LoRa permite, para além de poder ser utilizada em áreas onde não haja Wi-Fi, ter uma grande eficiência energética, já que, devido às frequências baixas do LoRa, o consumo de energia associado será muito baixo comparando com outras tecnologias que utilizam frequências mais altas. Estes contentores inteligentes podem ter uma bateria de duração de cerca de 2 anos, no entanto, poderá ainda ser equacionada a colocação de painéis solares que permitirão ainda recarregar as baterias, tornando esta solução ainda mais sustentável.

3

Quem vai beneficiar com a nossa proposta?

Esperamos que a nossa proposta promova um aumento significativo na taxa de reciclagem, ao levar as pessoas a interiorizar o impacto das suas decisões quotidianas, como efetuar a correta separação do lixo. Aumentar a taxa de reciclagem traz imensos benefícios como, por exemplo, a conservação dos recursos naturais, proteção dos ecossistemas e vida saudável, redução do consumo de água, energia e redução de emissões de carbono, geração de empregos e desenvolvimento da consciência ambiental da população. Ao implementarmos aspetos tecnológicos também enquadramos avanços tecnológicos que apelam à população mais jovem e facilitam o uso para todos. Considera-se ainda que todos os benefícios desta proposta são altamente pertinentes para a sociedade atual. Este projeto irá contribuir para a concretização da Agenda 2030 [3] sobre os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente os seguintes:

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ODS 11- Cidades e comunidades sustentáveis 

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ODS 12-Produção e consumo sustentável

 

ODS 13- Ação climática 

4

Em que é que a proposta se distingue?

Existem alguns pontos de contacto entre a nossa proposta e outras existentes no mercado, como pro exemplo, a proposta da empresa norte americana  a Sensoneo [4].  No entanto, é importante referir que o nosso produto tem duas camadas ausentes em todas as soluções que foram encontradas no processo de benchmarking. Em primeiro lugar, a camada gráfica que existe na nossa abordagem e que se assume como inovadora no contexto da reciclagem. Por outro lado, a camada de AI, representa uma abordagem absolutamente pioneira. Acresce que, a aposta em tecnologias de baixo custo e aberta, poderá abrir espaço uma maior escalabilidade.

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Este é um toque muito especial neste projeto: a introdução da inteligência artificial que irá ser capaz de distinguir se o lixo que estamos a colocar, estará ou não no contentor correto. Desta forma estar-se-á a contribuir para uma maior qualidade do processo de separação, mas acima de tudo para uma educação ambiental na promoção de comportamento sustentáveis. Em suma: a inclusão da inteligência artificial neste produto permitirá uma melhor separação do lixo, para além de uma sensibilização da população em geral. A componente da educação ambiental não fica por aqui: a implementação do sistema de incentivos aos utentes pela quantidade (peso) de lixo reciclado, é um passo claro na consciencialização do impacto que as pequenas ações diárias poderão ter quando equacionadas ao fim de um ano de funcionamento. Esta componente, tanto ao que resultou do processo de benchmarking é inovadora quer neste contexto quer na abordagem tecnológica efetuada.

Âncora 1
Âncora 2
Âncora 3
Âncora 4
Porquê este projeto?
O que pretendemos fazer?
Camada gráfica
Camada Tecnológica
Quem vai beneficiar com a nossa proposta?
Em que é que a proposta se distingue?

Referências

[1]Eurostat. Waste treatment. Disponível em: <https://ec.europa.eu/eurostat/web/waste/data/database> . Acedido a 25/02/2022

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[2]Público. Estudos sugerem eficácia das imagens chocantes nos maços de tabaco. Disponível em: <https://www.publico.pt/2015/05/15/sociedade/noticia/estudos-sugerem-eficacia-das-imagens-chocantes-nos-macos-de-tabaco-1695680>. Acedido a 25/02/2022

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[3]Onu. Objetivos de desenvolvimento sustentável. Disponível em: <https://unric.org/pt/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acedido a: 25/02/2022

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[4]Sensoneo. Starter Kit. Disponível em: <https://sensoneo.com/starterkit/>. Acedido a: 25/02/2022.

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[5]National Geographic. For Animals, Plastic Is Turning the Ocean Into a Minefield. Disponível em: <https://www.nationalgeographic.com/magazine/article/plastic-planet-animals-wildlife-impact-waste-pollution>. Acedido 25/02/2022

Âncora 5
Âncora 6
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